Uma das cidades que eu queria muito visitar quando morei em Bologna era Urbino, considerada uma jóia do Renascimento Italiano. A cidade é muito conhecida por causa de dois homens, o pintor Rafael e o mecenas Federico da Montefeltro, e está praticamente preservada desde a época deles. Além disso, hoje também é conhecida pela universidade, e tem o ar de cidadezinha universitária que tanto me atrai em algumas cidades da Itália, e sempre me faz pensar que eu gostaria de passar um tempo lá.


Urbino é uma cidade murada, o que já dá um charme na chegada. Eu entrei na cidade pela rampa helicoidal, construída para que o duque pudesse entrar na cidade com cavalos, e preservada desde o século XV, e depois fui logo passear pelas muralhas.







A atração mais famosa de Urbino é o Palazzo Ducale, que inclusive é Patrimônio da Humanidade segundo a Unesco. O palácio foi um projeto do Duque Federico da Montefeltro, que era um conhecido condottieri, um comandante de exércitos, durante o século XV. Ele manteve uma corte em Urbino que era muito conhecida como centro do Renascimento, e era amigo íntimo de Piero della Francesca.

Inclusive, Piero della Francesca pintou um retrato do duque que se tornou um dos quadros mais famosos do Renascimento, e que hoje está na Galleria degli Uffizi, em Florença. Mas, por causa do mecenato dos duques de Urbino, a cidadezinha ainda tem vários quadros do Piero della Francesca. Eles hoje são um dos atrativos do palácio, que hoje abriga a Galeria Nazionale delle Marche. O quadro mais famoso do museu é um que representa a cidade ideal do Renascimento Italiano, e que já foi atribuído a Piero della Francesca e outros pintores.


Como em outras cidades italianas, o Duomo também é um dos lugares mais visitados de Urbino. Ele também é chamado de Cattedrale Metropolitana di Santa Maria Assunta, e também foi construído por Federico da Montefeltro no século XV, substituindo uma catedral mais antiga, do século XI. Ela foi muito destruída por um terremoto em 1789, e depois foi parcialmente reconstruída no século XIX, em estilo neoclássico.





Além disso, comprei os bilhetes combinados para visitar dois prédios religiosos, o Oratorio di San Giuseppe e o Oratorio di San Giovanni. O primeiro que eu visitei foi o Oratorio di San Giuseppe, construído no século XVI, que é conhecido pela capela com paredes afrescadas baseadas na vida de São José.


Depois fui ao Oratorio di San Giovanni, que também é conhecida pelos afrescos, desta vez baseados na vida de São João. Eles foram feitos antes, no XV, no estilo gótico florido.





E o lugar tem uma ótima vista, tanto dentro do Oratório quanto do lado de fora.



Além de Federico da Montefeltro, como a gente falou, tem outro italiano famoso, o pintor Rafael, ou Raffaello, um dos grandes mestres do Renascimento. Eu fui visitar a Casa de Rafael, apesar de achar que parecia um pouco pega-turista, confiando na propaganda que dizia que eles tinham um quadro original dele. Eles realmente tem um quadro original, um dos seus primeiros, mas todos os outros são reproduções, e a mobília é da época. É bem pega turista mesmo, no final.

Outro lugar conectado com ele, no entanto, é a igreja de San Francesco, onde os pais dele foram enterrados. O Rafael mesmo foi enterrado no Pantheon, em Roma, com a dedicatória “enquanto ele viveu, a natureza temeu ser conquistada por ele, e quando ele morreu, ela temeu morrer com ele”.


Finalmente, antes de sair parei no Parco della Resistenza, um parque famoso pela vista panorâmica do Centro Histórico.


Nunca consigo resistir a terminar esse tipo de post com uma orgia de fotos do centro.






















Como chegar: chegar em Urbino não é tão fácil porque a cidade não tem uma estação de trem, então a única forma de chegar com transporte público é de ônibus. Eu fui de Fano, e de lá voltei para Pesaro, e ambas eram a cerca de uma hora de distância.
Clique na imagem para ler mais posts sobre a Itália.
