Lugares da Segunda Guerra em Amsterdam

Durante a Segunda Guerra, a Holanda foi ocupada pelos nazistas entre maio de 1940 e maio de 1945. O exército holandês se rendeu rápido, porque os nazistas alemães bombardearam Rotterdam até que só alguns prédios restaram, e ameaçaram fazer o mesmo com outras cidades holandesas.

Durante o Holocausto, 70% dos judeus holandeses foram assassinados, mais do que em países vizinhos como a Bélgica e a França. No final da guerra, o país sofreu com o Inverno da Fome, quando a escassez de comida fez com que as rações semanais caíssem a um quilo de batatas e um quilo de pão por semana. Milhões de pessoas foram afetados profundamente por isso, como Audrey Hepburn, que sofreu com a fome e teve problemas de saúde por isso a vida toda (mas que era venerada pela magreza em Hollywood).

Esses são alguns lugares que contam as histórias da Holanda durante a Segunda Guerra.

Casa de Anne Frank

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O anexo onde Anne Frank se escondeu por quase dois anos dos nazistas, e onde escreveu seu diário, é hoje um dos museus mais populares da Holanda. Assim como o diário, ele é muito cativante, porque Anne foi perseguida por ser quem ela era, e ela é intensamente articulada ao descrever o que não deveria acontecer com ninguém da sua idade, mas ainda acontece. É uma sensação claustrofóbica, visitar o pequeno anexo, e vou escrever em breve sobre como foi.

Museu da Resistência (Verzetsmuseum)

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Crédito: divulgação

Esse museu frequentemente ganha prêmios como melhor museu histórico da Holanda, mas eu confesso que só visitei porque era de graça com o MuseumKaart, o passe de museus de um ano que comprei na Holanda. Entrando em um museu, o percurso tortuoso te leva pelos caminhos de um cidadão médio da época. Ele foca muito no dilema moral trazido para muitos holandeses pelo nazismo, quando a Holanda foi ocupada: adaptar-se, colaborar ou resistir. Como o museu deixa claro, os holandeses judeus não tiveram a mesma escolha.

A exposição fala da vida clandestina, do papel de igrejas de greves de trabalhadores, e da vida do holandês comum durante o “Inverno da fome” de 1944-45. Eu lembro de ler a história de uma menina que lembrava do pai chorando tentando trocar as alianças de ouro por um saco de batatas, porque o irmão dela estava morrendo de fome.

Homomonument

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O Homomonument foi o primeiro construído no mundo para lembrar a perseguição nazista a homossexuais. Quando eles eram mandados para campos de concentração, eles eram obrigados a usar um triângulo rosa como identificação. Hoje, esse símbolo é frequentemente usado por movimentos que lutam contra a homofobia. O monumento foi construído com três triângulos de mármore rosa, um deles sobre o canal Keizersgracht. Ele é muito usado em reuniões, e também é uma tradição colocar flores para pessoas que morreram de AIDS.

Monumento às Mulheres de Ravensbrück

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Foto de uma cerimônia, crédito: wiki commons

Esse monumento foi erigido em 1975 para lembrar as mulheres do campo de concentração nazista de Ravensbrück. Todo ano em abril há uma cerimônia, organizada pelo Comitê de Mulheres de Ravensbrück.

Hollandsche Schouwburg

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Crédito: wiki commons

Antes da guerra, esse era um teatro popular. Durante, ele foi usado como lugar de passagem para judeus a caminho de serem transportados para campos de concentração. Hoje em dia, ele é um museu que os lembra, com os nomes das 6700 famílias que passaram por lá.

Monumento da Resistência Judaica

Na esquina do rio Amstel com Zwanenburgwal fica o monumento da Resistência Judaica. Uma estátua foi criada pelo escultor belga Josef Glatt, e um texto da Torah a acompanha em holandês e hebraico: “Se meus olhos fossem fontes de lágrimas eu choraria dia e noite pelos guerreiros tombados do meu povo amado”.

Todo ano, a Noite dos Cristais é lembrada aqui entre 8 e 9 de novembro, para que a noite de um grande pogrom contra os judeus na Alemanha em 1938, quando centenas de judeus foram mortos e milhares de lojas e sinagogas foram destruídas.

De Dokwerker

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Crédito: wiki commons

A estátua reconhece os habitantes de Amsterdam que se levantaram contra os ocupantes nazistas com uma greve geral, que começou em 25 de fevereiro de 1942.

Monumento para Judeus Surdos

Esse monumento foi construído em 2010 para comemorar a escola em frente, para estudantes judeus surdos, e onde eles foram presos por nazistas e transportados para campos de concentração.

Memorial a Auschwitz

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Crédito: wiki commons

O Memorial a Auschwitz fica no Parque Wertheim, colocado lá em 1993 pelo artista holandês Jan Wolkers. Ele consiste de espelhos quebrados que refletem os céus, com uma placa que diz “Nooit meer Auschwitz”, Auschwitz nunca mais.

Todo ano uma cerimônia acontece aqui no dia 27 de janeiro, a data em que o campo foi liberado para o Exército Vermelho.

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