A Guerra da Bósnia: informações para viajantes

Durante a minha viagem para a Bósnia, era impossível não se deparar o tempo todo com o assunto da guerra. É um assunto complicado, com mil perspectivas, mas tentei colocar um pouco do que aprendi lá para quem tá interessado.

Uma cadeira vermelha para cada vítima do cerco
Uma cadeira vermelha para cada vítima do cerco. Créditos: wikicommons

Durante os últimos anos da Iugoslávia, havia uma percepção por parte dos outros povos do país de que a Sérvia estaria tentando manter uma posição de superioridade e formar uma “Grande Sérvia”. Os nacionalismos e a busca por maior autonomia levaram à declaração de independência da Eslovênia e a Guerra dos Dez Dias, e depois à independência da Croácia e a uma guerra que durou mais de um ano. Os croatas a chamam de Homeland War, e durante essa guerra Dubrovnik foi sitiada e bombardeada.

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Bombardeio de Dubrovnik. Créditos: wikicommons

Enquanto a guerra da Croácia ainda estava acontecendo, o exército iugoslavo (JNA) cercou Sarajevo, capital da Bósnia. O exército era composto principalmente por sérvios e bósnios que se identificavam como de etnia sérvia. Eles disseram aos repórteres e ao governo do país que estavam lá para proteger a cidade caso a guerra na Croácia chegasse até lá. Mas a verdade é que eles estavam lá para impedir outra independência, e começaram a atacar a cidade assim que um referendo pela independência foi feito.

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Créditos: wikicommons

Em outras partes do país, o exército croata entrou em cidades, a princípio se apresentando como um aliado contra os sérvios, mas depois se voltando contra a população muçulmana. Depois veio a público que os presidentes da Sérvia e da Croácia tinham feito um acordo para dividir a Bósnia em linhas étnicas, o chamado acordo de Karađorđevo.

Quando faltou lugar para enterrar os mortos, o estádio foi transformado em cemitério
Quando faltou lugar para enterrar os mortos, o estádio foi transformado em cemitério. Créditos: wikicommons

Segundo um censo de 1991, 44% das pessoas no país se consideravam muçulmanos, 35,2% eram sérvios, 17% croatas, enquanto 6% preferiam se descrever como iugoslavos. Essas diferenças são definidas por alguns como religiosas, e os sérvios seriam ortodoxos e os croatas, católicos, e por outros como étnicas. Afinal, não fazia diferença se você tivesse se convertido para outra religião, se você fosse ateu ou se você fosse um fanático religioso. Não fazia diferença que dois terços dos casamentos em Sarajevo fossem entre pessoas de religiões/etnias diferentes.

E a população de Sarajevo até hoje têm muito orgulho da cidade ser tão multi-cultural. Mais de uma vez me pararam na rua para perguntar se eu já tinha visitado a principal igreja católica, a ortodoxa, a mesquita e a sinagoga e notado como elas estão a 200 metros de distância uma da outra. Mas isso não adiantou para parar a guerra, e hoje a mídia ocidental fala em “ódios ancestrais”.

Espalhados pelo país, pequenos monumentos pedem que não se esqueça o que aconteceu
Espalhados pelo país, pequenos monumentos pedem que não se esqueça o que aconteceu. Créditos: wikicommons

O JNA começou a bombardear Sarajevo com tanques, enquanto franco-atiradores miravam nas pessoas que tentavam atravessar ruas ou pontes. Um número entre 50 e 100 mil pessoas de todas as etnias fizeram uma passeata pela paz, mas o exército atirou sobre a multidão, matando duas pessoas. Pessoas que moravam nos arredores da cidade foram assassinadas ou mandadas para campos de concentração. As mulheres nos campos era rotineiramente estupradas. A partir de maio, eles organizaram um bloqueio total de Sarajevo. Ninguém tinha permissão de entrar ou sair da cidade. As comunicações foram cortadas, assim como a água, eletricidade e gás.

O aviso diz
O aviso diz “cuidado, Sniper”. Créditos: wikicommons

A essa altura o exército que cercava a cidade era principalmente o exército da República Srpska, os Bósnios que se consideram de etnia sérvia e se recusavam a aceitar o resultado do referendo. Muitos membros de organizações paramilitares se chamavam de Chetniks, fazendo referência a um movimentos da segunda guerra mundial.

Eu vi muita gente de outros países se referindo aos atacantes como sérvios, mas as pessoas sempre os corrigiam, dizendo que Sarajevo era uma cidade miscigenada e 50 mil dos seus defensores eram de etnia sérvia, e nem todos os sérvios eram Chetniks. O símbolo dos agressores era o três feito com o polegar, o indicador e o dedo do meio, então esse sinal é extremamente ofensivo em várias partes do país.

predios
Créditos: wikicommons

No final de junho, o aeroporto passou a ficar sob o controle da ONU. Sendo a única área da cidade que não estava sob o controle dos Chetniks, muitas pessoas tentaram correr os 800 metros que os separavam do resto do país. Se pegos pela ONU, eles eram presos, mas essa não era a grande ameaça: snipers estavam posicionados dos dois lados do aeroporto. Os aviões que chegavam em Sarajevo a partir daí trazendo ajuda humanitária eram chamados de Maybe Airlines, já que talvez o avião chegasse, talvez não, talvez ele explodisse no ar, talvez não.

Maybe Airlines. Destinação: paraíso
Maybe Airlines. Destinação: paraíso. Créditos: wikicommons

A Bósnia e Herzegovina, tendo acabado de ficar independente, não tinha um exército. A defesa da cidade foi feita principalmente por voluntários, dos quais poucos tinham armas. A venda de armas para os países afetados na guerra estava sob embargo, o que prejudicou apenas os defensores da cidade, já que o outro lado tinha fábricas a disposição. Eles também construiram um túnel debaixo do aeroporto para levar armas e comida para a cidade sitiada. Alguns o chamam de túnel da esperança, falando que ele salvou a cidade, outros são mais cínicos e apontam que ele foi usado muito por contrabandistas que se aproveitavam da situação do cerco para enriquecer.

i defend this city
Créditos: wikicommons

Em 1994, ocorreu o primeiro massacre do Markale, quando bombas atingiram um mercado no centro da cidade, matando 68 pessoas. Em resposta, a OTAN finalmente fez um ultimato ao exército da República Sprska exigindo a remoção do armamento pesado em volta de Sarajevo, sob a pena de sofrer bombardeios aéreos. Apesar disso, o cerco continuou por quase dois anos.

Snipers frequentemente miravam nas patas de cachorros sabendo que alguém não resistiria a ajudar
Snipers frequentemente miravam nas patas de cachorros sabendo que alguém não resistiria a ajudar. Créditos: wikicommons

O cerco de Sarajevo foi o cerco mais longo inflingido a uma capital na época moderna, durando de 5 de abril de 1992 a 29 de fevereiro de 1996. Durou mais de três vezes o tempo do cerco de Stalingrado e mais de um ano a mais do que o cerco de Leningrado. O termo urbicídio foi usado para descrever a tentativa de aniquilar a cidade, não só seus habitantes mas todas as construções. Afinal, por que o exército atacante passou tanto tempo tentando destruir uma biblioteca, se não por seu valor como símbolo?

Incêndio da biblioteca nacional
Incêndio da biblioteca nacional. Créditos: wikicommons
Vedran Smailović, o violoncelista de Sarajevo, que tocava em ruínas de prédios e funerais
Vedran Smailović, o violoncelista de Sarajevo, que tocava em ruínas de prédios e funerais. Créditos: wikicommons

Vários massacres foram feitos em diversas cidades bósnias e pela primeira vez o termo limpeza étnica foi utilizado, como um eufemismo usado pelos criminosos de guerra para as suas ações. Desses o mais célebre foi em Srebrenica, que tinha sido declarado um espaço seguro pela ONU. O lugar era defendido por uma tropa holandesa, mas mesmo assim foi ocupado pelo Exército da República Srpska e cerca de oito mil homens foram assassinados, estupros foram cometidos em massa e a população sobrevivente foi expulsa.

Srebrenica
Créditos: wikicommons
siege
Créditos: wikicommons

Mas a gente não pode deixar de se perguntar, como isso pode acontecer? Como isso aconteceu na Europa, onde tanta gente falava “Nunca mais”, como aconteceu outro genocídio e se passaram anos antes que alguém fizesse algo a respeito? A guerra da Bósnia ainda não foi tão estudada que a gente possa ter uma resposta sobre isso – se é que se pode ter uma resposta certa a uma questão tão complexa – mas muita gente suspeita que tem a ver com o fato de que a Bósnia era vista como um país muçulmano. Muita gente na Europa simplesmente não queria uma Bósnia independente e de maioria muçulmana.

help bosnia now
Créditos: wikicommons

Duas figuras são amplamente admiradas em Sarajevo: Bono Vox, que queria fazer um concerto do U2 em Sarajevo, que já não aparecia muito na mídia, e o papa João Paulo II, que sempre mencionava a Bósnia em seus discursos. Muitos também admiram Bill Clinton, vendo-o como o responsável por finalmente parar o cerco, outros o odeiam pela demora em agir. Os soldados da ONU também são controversos, alguns os odeiam porque acham que fizeram pouco para defender os civis, outros sabem que eles tinham ordens de permanecer imparciais mas ainda fizeram muito pela população.

A guerra ainda é motivo de polêmica. Algumas pessoas usam o termo genocídio, enquanto outros preferem o termo guerra civil, que é polêmico por tirar a culpa das nações vizinhas. Se você quer tomar cuidado em não ofender nenhum, diga simplesmente “a guerra”. É sempre bom lembrar que a guerra aconteceu muito recentemente. Tem muita gente lá que viveu a guerra, que foi bombardeado, que passou fome, que é filho de estupros, e obviamente nem todo mundo está disposto a falar com estrangeiros. Para mim, é um dos grandes benefícios de fazer tours, porque as pessoas que estão lá geralmente estão dispostas a compartilhar experiências e responder perguntas. Escolhi meus dois albergues no país, o War Hostel em Sarajevo e o Majda’s em Mostar porque são de sobreviventes da guerra que estão abertos a conversar sobre isso e oferecem tours muito respeitados.

Concurso para miss na cidade sitiada
Concurso para miss na cidade sitiada. Créditos: wikicommons

Eu sou uma estudante de história e queria saber mais sobre o cerco, sobre como ele afetou a população, mas sabia que era um assunto difícil. Acabei fazendo alguns tours em Sarajevo, inclusive um nas colinas em volta da cidade onde o exército atacante ficou estacionado. Para saber mais sobre o tour, veja o próximo post.

Clique na imagem para ler mais sobre a Bósnia.

14 comentários

  1. Ana Lúcia

    Julia!!
    Acabo de visitar Zagreb e Dubrovnik… Estou indo de trem para Budapeste e aproveitei para pesquisar um pouco mais sobre a história entre tantos controles policiais fazendo a checagem do meu passaporte…
    Procurando sobre informações me deparei com as tuas escritas. Obrigada por compartilhar esse conhecimento de história!

    1. Julia Boechat

      Oi, Ana Lúcia, tudo bom? Obrigada pelo comentário, que bom que os posts te ajudaram a procurar mais sobre a época. É por causa da guerra mesmo que a Bósnia ganhou esses 9 km de litoral no meio da Croácia, haha. Espero que você esteja curtindo a viagem.

  2. Ciro

    Oi Julia, obrigado pelo retorno!!!!

    Sim, o filme é “Antes do Amanhecer” mesmo!!! 😀

    Essa ideia de dormir em Cesky Krumlov me agrada bastante!! até pq li sobre um tour de histórias medievais que acontece a noite!! Mas de acordo com minhas pesquisas o ônibus que sai de Cesky Krumlov pela manhã chega em Viena só no fim do dia e perderia um dia inteiro :/

    Sobre a Eslovênia: como são apenas 3 dias, a ideia inicial é dedicar 2 para Liubliana!! A grande dúvida do terceiro dia é escolher entre Bled e as cavernas (ainda mais agora que descobri sobre Skocjan) Mas acho que vou acabar ficando com Bled mesmo!! Ou então deixar 1 dia para cada!! hahhaa

    Esse roteiro da Croácia que está me quebrando, pq Dubrovnik fica beeemmm distante, né? Mas achei sua dica interessante!! Vou avaliar!! Talvez ficar uma noite em algum lugar ali pelo Lagos e sair pela manhã para Dubrovnik pode ser uma opção mais viável!!

    Vou dar uma olhada em todos os seus posts para pegar todas as dicas possíveis!! 😀

    1. Julia Boechat

      Oi, Ciro,

      De Cesky Krumlov, você também pode pegar um shuttle se tiver com mais pessoas, pode ficar mais ou menos o mesmo preço. Olha também o blablacars, às vezes você dá sorte.

      É Dubrovnik tá complicado mesmo. Se você sair só de manhã, vai passar o dia todo na estrada. Se você tivesse mais tempo, eu recomendaria passar o dia em Split e ir só no dia seguinte, mas acho que seu roteiro já está apertado…

      Bom, mas tenho certeza que de qualquer jeito que arranjar, vai adorar, essas cidades são muito interessantes. Qualquer outra coisa que precisar, pode falar ; )

  3. Ciro

    Oi Júlia, que demais. Estou curioso demais pra conhecer a Bósnia!!!

    Bom, estou planejando uma viagem para o leste europeu em setembro desse ano e nas minhas pesquisas, acabei encontrando seu blog, que tem me auxiliado bastante e tem feito viajar antes de decolar!!! Mas tenho algumas dúvidas práticas e gostaria de saber se vc teria como me ajudar!!!

    Serão 25 dias entre Republica Tcheca, Hungria, Eslovênia, Croácia e Bósnia. E as maiores dúvidas são as seguintes:

    Seguro Viagem: Croácia e Bósnia não fazem parte dp Acordo de Schengen, certo? Isso implica na hora da contratação do seguro viagem?

    Moeda: Como cada país adota uma moeda diferente, a ideia e trocar um valor x de euros já na chegada de cada cidade pela moeda local ou ir trocando aos poucos, ao longo dos dias?

    Entre Praga e Budapeste, a ideia é passar um dia em Viena. Sim, sei que a cidade merece muito mais do que isso, mas nesse momento vai ser um passeio consciente de que não vamos aproveitar nem 10% que o lugar tem para oferecer. O objetivo é fazer o roteiro de um filme, o que dá pra fazer em 1 dia tranquilamente. Mas a grande dúvida é o seguinte: No roteiro da Republica Checa, temos 1 dia (bate e volta) dedicado para Cesky Krumlov. Mantenho o bate e volta ou pernoito um dia em Cesky e sigo no dia seguinte para Viena? Vi em alguns lugares que essa opção seria possível, mas nada muito claro.

    Eslovênia: Estou dedicando 2 dias para Liubliana e 1 para Bled. Outra ideia era ir a Postjona, mas pelo que li achei as entradas caras. hahaha Acha que é uma atração imperdível?

    Zagreb – Lagos Plitvice: Inicialmente são dois dias dedicados para Zagreb, sendo 1 para conhecer a cidade e o outro para servir de ponto fixo para um bate-volta aos lagos Plitvice, sendo que a ideia é quando chegar em Zagreb no fim do dia (retornando dos Lagos) já emendar em uma viagem noturna para Dubrovnik. Não estou mt confortável com essa ideia por achar que pode ser mt cansativo. Outra opção seria ir de mala e cuia para os lagos, e de lá seguir para Dubrovnik, mas não encontrei nada dizendo que esse trajeto fosse possível. Você saberia me dizer?

    Croácia – Bósnia: A terceira e última grande dúvida no roteiro é em relação a viagem da Croácia para Bósnia. (A ideia é sair de manhã de Dubrovnik e seguir para Mostar, ficar 2 dias e depois pegar um trem de manhã par Saravejo, onde encerro a viagem.) Mas a questão é: parace que para entrar em Dubrovnik passa pela Bósnia, certo? A imigração é tranquila?

    Acho que as maiores dúvidas são essas. Os demais trajetos ficaram da seguinte maneira

    Budapeste – Liubliana (viagem noturna de bus)
    Liubliana – Zagreb (sair pela manhã de bus)
    Dubrovnik – Mostar (sair pela manhã de bus)
    Mostar- saravejo (sair pela manhã de trem)

    E, claro, caso tenha dicas úteis de alguns desses lugares, como restaurante bacana e barato, casas de câmbio, dicas de transporte público ou então simplesmente aquele lugar incrível que normalmente não está nas tradicionais rotas turísticas, agradeço muuuittooo!!!

    Muito obrigadooooo!!!

    1. Julia Boechat

      Oi, Ciro, tudo bom?

      Que bom que o blog tem te ajudado. Eu tenho algumas coisas publicadas sobre a República Tcheca, a Bósnia e a Eslovênia. Sobre a Croácia deve sair algum dia desses, e tô preparando algumas coisas sobre a Hungria também ; )

      A Croácia e a Bósnia não são parte do espaço Schengen, mas não creio que isso influencie a maior parte dos seguros. Eu fiz um seguro do World Nomads que me cobria no mundo todo menos Brasil e EUA, então nem me preocupei, mas é só olhar no seu segurador.

      Quanto a troca de moedar, eu fiz um cartão de euros e sacava na moeda local. Eu tentava sacar o mínimo de vezes possível porque tem uma taxa de 2 euros a cada saque, então fazia uma estimativa de quanto ia gastar em cada dia. Não é 100%, na Hungria acabei comprando umas porcarias na estação de trem porque ainda tinha umas liras e na Bósnia tive que sacar duas vezes, mas teve bom… Se for trocar dinheiro, toma cuidado na Rep. Tcheca e na Hungria que tem muitos esquemas na rua… Publiquei um post sobre isso esses dias, se você quiser dar uma olhada.

      Só de curiosidade, o filme em Viena é Antes do Amanhecer? Amo esse filme. Recomendo muito que você passe a noite em Cesky Krumlov, senão você vai gastar seis horas de ônibus para o bate-volta em um dia e depois no dia seguinte vai fazer parte do trajeto de novo para ir a Viena. Trens não tem conexão direta para Cesky Krumlov, então o ônibus é mais rápido e conveniente. Recomendo muito a empresa Student Agency, que é ótima. Você tem uma tela de tv e bebidas quentes (Aliás, uma das opções de filme era Antes do Amanhecer).

      Quanto a Eslovênia, eu não fui a Postojna, achei muito com cara de disney. Fui em Skocjan, que é patrimônio da humanidade e o maior canyon subterrâneo da Europa, com um rio no fundo, foi incrível. Também fui no Castelo de Predjama e em Bled, todos os três foram day-trips incríveis, mas se você tem só três dias no país, eu passaria dois dias em Ljubljana. Dá para fazer as cavernas de Postojna ou Skocjan e Predjama no mesmo dia.

      Na Croácia, não acho que faz muito sentido voltar para Zagreb para pegar um ônibus para Dubrovnik. Eu iria de mala e cuia e deixaria tudo na estação de ônibus (tem um guarda volumes). Não achei nenhum ônibus noturno para lá, mas tem um para Split que sai as 23:40 e chega lá às 5:15, de lá você pode pegar outro ônibus para Dubrovnik, segundo o site Bus Croatia. Vai ser super cansativo, não é perto, mas se você não quer perder um dia no ônibus, pode ser o jeito. Entre Split e Dubrovnik você tem que passar pela Bósnia porque o território da Croácia é descontínuo. Mas é bem tranquilo, só tenha seu passaporte em mãos, não coloque em nenhum lugar difícil.

      Algumas dicas finais: se você é estudante, tem desconto nas passagens de ônibus na Eslovênia e Bósnia. Se você está em grupo, tem descontos nas passagens de trem na República Tcheca (tem que pagar junto). O trem de Mostar para Sarajevo tem um horário inconveniente mas a paisagem é linda.

      Quanto à comida e atrações, eu geralmente tento postar aqui. Se eu lembrar de alguma coisa especial, te falo.

  4. Camila D'Érvieux

    Nossa, fui a Dubrovnik e não tinha idéia que a cidade foi bombardeada há tão pouco tempo! Acho que to precisando fazer uma pesquisa melhor antes de viajar…

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