Eu sempre tinha lamentado que não tinha conseguido ir ao Porto na minha primeira visita a Portugal. Então quando eu estava fazendo um intercâmbio na Itália, resolvi aproveitar que a cidade era o centro da Ryan Air em Portugal e passar alguns dias por lá.
O primeiro passeio que fiz no Porto foi conhecer a Livraria Lello e Irmãos, que frequentemente está nas listas de mais bonitas do mundo. Eu sempre procuro por livrarias lindas, então era imperdível. Já falei dela em um post próprio.
Logo depois fui andar nas margens do rio Douro e ver a vista do cais, que realmente é lindo.
A ponte D. Luís I também dá uma vista linda. Ela foi feita por Gustave Eiffel, o mesmo da torre, para ligar o Porto ao Cais de Gaia. Hoje ela é só para pedestres e para uma linha do metrô.
Também atravessei para ver o Cais de Gaia, a cidadezinha em frente que é mais conhecida pela vista para o Porto e pelos tours em adegas. Os onipresente barquinhos se chamam rabelos, e eram usados para transportar vinho.
Aproveitei por lá mesmo para provar a Francesinha, um prato típico que é um sanduíche com queijo e vários tipos de carne, ovo e um molho apimentado, tudo acompanhado por batatas fritas. Achei uma delícia, especialmente acompanhado de sangria.
O passeio que mais me surpreendeu foi o Palácio da Bolsa, um prédio construído em vários estilos diferentes. Eu esperei pelo tour, única forma de passear pelas salas, no pátio das nações, com chão de mosaico e teto de vidro, e terminei no incrível Salão Árabe, com desenho mouro e decorado com ouro.
A Catedral da Sé também logo entrou na lista de lugares em que eu queria ir, em parte porque dá para vê-la da cidade inteira. O interior romanesco é lindo, mas me apaixonei mesmo foi pelo claustro interno de azulejos.
Como eu ainda não tinha cansado de azulejos, também fui à Estação São Bento, que também é conhecida pela decoração interna com eles. De fora o prédio já é lindo, mas por dentro é ainda mais, com mais de vinte mil azulejos mostrando batalhas históricas e a história dos transportes em Portugal.
Outra igreja que dava para ver de todo canto, e que também é conhecida pelos azulejos é a Igreja do Carmo. Ela é coberta por eles em algumas das fachadas, o que é interessante porque de frente ela parece uma igreja barroca comum, e nos lados tem esse visual tão português.

Às vezes eu tinha a impressão que até as pedras nas calçadas tinham azulejos. Até que eu encontrei algumas que tinham mesmo.
Também fui ao Café Majestic, que, como a livraria Lello, é conhecido pelo Art Nouveau. E assim como ela, ele frequentemente aparece em listas de lugares para visitar, no caso, de cafés mais bonitos do mundo. Eu tomei apenas um chá, mas os preços foram razoáveis.
Provando que Porto também tem construções mais modernas, mesmo que polêmicas, passei pela Casa da Música, do arquiteto Rem Koolhaas. Como eu estive lá por apenas alguns dias, não consegui pegar um concerto, mas teria gostado muito. Quem sabe na próxima?
O rio é uma das grandes atrações da cidade, então é bem interessante pegar um ônibus até a foz, e ter essa vista no caminho.
Também aproveitei um dia para ir em Guimarães, cidadezinha lá perto que se propagandeia como o lugar onde nasceu Portugal. Foi só o que deu para fazer em alguns dias, mas foi o bastante para curtir a cidade.
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