O Vale de Ihlara é um vale feito por um rio no qual se podem visitar 16 igrejas em cavernas. Achei o lugar super interessante por isso, em parte porque não estava tão lotado quanto outros mais próximos de Göreme. Ele tem extensão de 6 km, e pode ser visitado pelas vilas de Ihlara, Selime ou Belisirma.
Acredita-se que o vale costumava ter mais de cem cavernas e que já chegou a abrigar cerca de oito mil pessoas.
A maioria das pessoas que morava aqui foi obrigada a abandonar suas casas durante a troca de população entre a Turquia e a Grécia em 1924. É que os dois países estavam preocupados com as minorias (gregos na Turquia e muçulmanos na Grécia) e resolveram fazer uma troca, desnaturalizando cerca de 2 milhões de pessoas, que foram obrigadas a deixar as suas casas levando apenas o que conseguiam carregar.
Esse acordo bizarro foi supervisionado pela Liga das Nações, e visava a diminuir tensões étnicas que teriam surgido com a guerra dos Bálcãs, a Primeira Guerra Mundial e a Guerra Turca de Independência – depois da primeira guerra mundial, a Turquia tinha sido dividida e ocupada pelos países vencedores.

Várias das Igrejas do Vale são bem conhecidas, como a Igreja de São Jorge, a Igreja debaixo da Árvore e a Igreja da Serpente.

Perto de Ihlara está o Monastério de Selime, o maior edifício religioso de toda a Capadócia, esculpido na rocha no século XIII. É um lugar maravilhoso onde você pode passar horas explorando as diferentes salas, como a cozinha, o estábulo e a capela. Para visitar algumas partes do complexo, vocẽ vai precisar se espremer em passagens estreitas ou escalar a pedra.
Você pode até mesmo chegar na parte mais alta, mas o acesso não está em boas condições e quem tentar deve tomar muito cuidado. O guarda nos disse que eles destruíram parte do acesso de propósito por causa do número de pessoas que subia e ficava preso na parte de cima.
As duas atrações são facilmente visitadas por transporte a partir de Göreme, e no Vale de Ihlara não faltam opções de almoço à beira do rio.
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Que lugares lindos! Quero visitar, e to pensando em ir de ônibus mesmo a parte de Göreme, onde vou ficar. Você sabe se é fácil?
Oi, Lídia, tudo bom? Sim, é bem fácil! Não sei te explicar direito, mas tenho certeza que lá vão saber te explicar direitinho.