Cemitério Monumental da Certosa: um passeio inusitado em Bologna

Sempre acho estranho quando uma das atrações de uma cidade famosa é um cemitério. Já visitei alguns, como o Père Lachaise em Paris e o Cemitério da Recoleta, em Buenos Aires, além de ossuários e necropolis. Em Bologna, a Certosa passa mais despercebida do que esses lugares tão famosos, porque ela é longe do centro e a cidade já tem tanto para ver. Mas ela vale muito a pena, e é por isso que quero falar dela hoje.

A Certosa é uma antiga Cartuxa, um tipo de monastério (como a Cartuxa de Parma do Stendhal, ou a de Pavia, que eu visitei). O cemitério foi construído no início do século XIX, e logo as famílias de Bologna começaram a competir para construir esculturas e afrescos nos seus túmulos de família.

As tombas monumentais transformaram o cemitério em um museu a céu aberto, e ele foi visitado por Lord Byron, Dickens, Stendhal e Theodor Mommsen. O terceiro claustro em particular é muito famoso pelas estátuas neoclássicas.

O cemitério foi construído como várias estruturas, com pátios, salas e pórticos que criam uma continuidade com o centro histórico. A entrada Leste do cemitério é ligada por pórticos com San Luca, a maior estrada coberta por pórticos do mundo.

Recentemente, foi descoberto que esse lugar na verdade serve como cemitério há mais tempo do que a gente pensava. Foram descobertas as ruínas de uma necrópole etrusca lá, e o que foi encontrado hoje está no Museu Arqueológico de Bologna.

É por isso que o Cemitério é uma visita interessante, mesmo que lúgubre, por Bologna.

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