Visitando os Monastérios de Haghpat e Sanahin em Alaverdi, no norte da Armênia

Quando eu estava planejando a viagem para a Armênia, um dos lugares que me chamou a atenção foi Alaverdi, uma cidadezinha no norte, perto da fronteira com a Geórgia, cercada por dois mosteiros medievais que são Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. Eu tinha pensado em visitá-los com o Envoy Hostel, que faz o caminho de Yerevan a Tbilisi com várias paradas no caminho, mas ele só acontece uma vez por semana e não se encaixou no meu itinerário. Então acabei resolvendo parar lá e ver um pouco de uma cidadezinha armena.

Talvez o lado mais legal de ter parado lá tenha sido ficar na Pousada da Iris. Em Yerevan, eu tinha ficado em um albergue mais convencional, e em Sevan, o albergue era basicamente um quarto, quase sem ninguém. Então Alaverdi foi onde tive a experiência da hospitalidade armena, de chegar e ser recebida sempre com chá quente e dicas do lugar, e foi a melhor comida que comi na Armênia. 

Na cidadezinha, confesso que não tinha tanto para ver. Alaverdi tem uma ponte medieval muito bonita, uma vista linda para o rio, e um teleférico soviético que leva a Sanahin que não funciona desde 2015. Fora, isso, a atração é visitar os monastérios ao redor.

Só começar falando que dei muito azar com o transporte público, como aconteceu na maior parte da Armênia. Eu tinha visto online que era fácil chegar lá de forma independente. A informação que eu tinha visto era que era fácil chegar a Sanahin pegando o ônibus 3 na estação de ônibus de Alaverdi, e que para Haghpat tinha uma marshrutka na mesma estação várias vezes por dia.

Quando eu cheguei na minha acomodação, eles me falaram na hora que, por ser sábado, não tinha mais ônibus indo para Sanahin, e o próximo para Haghpat saía às 17, com o detalhe que o último voltando era às 16. Eu pensei em pedir carona, o que tinha funcionado comigo em vários lugares da Armênia, mas primeiro fui para o centro de Alaverdi. Mas tive uma experiência com um grupo de caras em um carro, que ficou me circulando e insistindo para que eu entrasse no carro porque eles iam me levar onde eu quisesse, e como eles ficavam repetindo que iam me levar para Haghpat e Sanahin (onde mais eu iria naquela cidadezinha?) fiquei com medo de ir sozinha. Acabei voltando para a pousada, e lá eles arranjaram um táxi para me levar.

Haghpat

Então, primeiro eu fui para o Monastério de Haghpat, Haghpatavank. Ele foi construído pela rainha Khosrovanuysh, esposa do rei Ashot III, em 976. Ele foi construído nas montanhas da região, não perto do topo, como muitos monastérios, mas no meio do caminho, o que alguns dizem que é por modéstia, e outros por proteção.

A primeira igreja foi a Igreja da Cruz, no centro, e quando eu fui lá, não tinha um casamento acontecendo, pela primeira vez visitando igrejas armênias, mas tinha uma missa cantada.

Depois dela, os outros prédios do monastério foram construídos, principalmente nos séculos 12 e 13. 

Sanahin

Sanahin provavelmente é ainda mais velho que Haghpat. E a pista principal para falar isso é o nome do Monastério, que se traduz como “esse é mais velho que aquele”. A igreja principal, Surp Astvatsatsin, foi construída em 934, e depois ele foi aumentado, provavelmente também por ordens da rainha Khosrovanuysh. 

Durante a Idade Média, Sanahin era conhecido como um centro de produção de manuscritos iluminados, pela escola de caligrafia e pela escola de medicina.

Alguns outros monastérios que dá para visitar lá perto são Odzun, Horomayri, Akhtala, Kobayr e Khorakert, mas para visitar mais deles, talvez o melhor seja mesmo contratar transporte particular. Em dias de semana, a maioria é acessível por transporte público, mas os horários podem tornar difícil visitar mais de dois no mesmo dia.

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