Turim, itinerário pela cidade real italiana

Turim na Itália tem a reputação de ser a cidade real do país, tanto literalmente, porque é de onde vem a família que depois se tornou a monarquia italiana, mas também por ser uma cidade cheia de palácios, com um ar cosmopolita. Em Turim você vê prédios que parecem tirados de Paris, depois entra em um café que parece tirado de Viena. 

Como os cafés são famosos em Turin, resolvi começar a visita por um, o Caffè al Bicerin. Ele era o café preferido de Puccini, Italo Calvino e de Nietzsche, entre outras figuras históricas. Eles são mais conhecidos pela bebida que inventaram e que se tornou uma das bebidas típicas da cidade, que se chama justamente Bicerin. É uma combinação de café, creme e chocolate, e eles me orientaram a não misturar as camadas com a colher, mas começar a bebê-lo assim mesmo. O Bicerin é bem carinho, mas tomei um às 11 e depois aó almocei às quatro da tarde, porque é uma bomba.

Um Bicerin com biscoitos

De lá, fui conhecer o Mercato Centrale. Depois do Bicerin, eu não estava com fome, mas foi bom para conhecer, e voltei no dia seguinte. Na verdade, são dois mercados um em frente ao outro, um com restaurantes e comida de rua, e o outro com queijos, embutidos, temperos e frutas. 

Pizza de salame de javali, vários queijos típicos, pimenta verde, menta e trufas frescas,

De lá, continuei para a Porta Palatina, uma das portas da época romana que ainda existem em Turim. Ela foi construída no século I, e, junto com as ruínas dos muros da cidade, serve como um museu a céu aberto.


A praça é cheia de touros, símbolo da cidade
De frente para o Porta Palatina

Em seguida fui para a Cattedrale di San Giovanni Battista, construída no século XV no lugar onde ficava um teatro romano. Ela é a igreja principal da cidade, conhecida por ser o lugar onde fica o Santo Sudário, que, segundo os católicos, é o tecido com o qual o corpo de Jesus teria sido envolto, e que ainda guardaria uma imagem do seu rosto. 

Da porta palatina já dava para ver o Palácio Real, então foi para lá que continuei a visita. Ele era o palácio principal da família Savoia, e hoje ele abriga vários museus, como o Museu da Antiguidade e as Galerias de Arte da família, com obras de Rembrandt, Van Dyck e Veronese. Também dá para atravessar o pátio principal do palácio e visitar os jardins, que tem ingresso livre. 

E dando a volta no palácio cheguei à praça principal da cidade, a Piazza Castello. Ela é cheia de museus, teatros e cafés. A praça tem esse nome por causa de um castelo que foi construído lá no século XIII, no mesmo lugar onde antes ficavam torres romanas, e que depois tomou o nome de Palazzo Madama. Ele é muito curioso porque a frente dele foi reformada várias vezes ao longo dos séculos, e hoje tem um estilo barroco, enquanto a parte de trás continua parecendo um castelo medieval. Por isso não deixe de dar a volta nele. Hoje ele abriga o Museu de Arte Antiga, que tem objetos principalmente da época medieval tardia.

Na praça, também dei a volta para procurar outro café famoso da cidade, o Caffè Mulassano. Ele é famoso pelo estilo Art Nouveau. Eu entrei tirando fotos, pensando que eu ia ser decente e pedir pelo menos um café. Aí eu vi os preços e desisti.

De lá, eu já conseguia ver a Galeria Subalpina, então continuei para lá. Além dos cafés, Turim é conhecida pelas galerias, passagens cobertas que tem lojas e cafés tradicionais, e essa é a mais antiga delas. 

O pŕoximo lugar na lista era outra das praças famosas da cidade, a Piazza San Carlo. Ela foi construída nos séculos XVI e XVII, em estilo barroco. Ela é conhecida pelos turineses também como “il salotto”, a sala de entrada da cidade. Em uma ponta ela, ficam duas igrejas “gêmeas”, apesar de não serem completamente simétricas: Santa Cristina e San Carlo.

A Praça de noite

Nessa região também fica um dos museus mais famosos da cidade, o Museu Egípcio. Ele tem a maior coleção de objetos do Egito antigo fora de Cairo, 

Outra Galeria típica do lado é a Galeria San Federico, construída nos anos 30. Quem gosta de cinema pode reconhecer que aqui foram filmadas cenas de Vermelho Profundo, de Dario Argento. 

O próximo lugar na minha lista era a Mole Antonelliana, um dos maiores símbolos de Turim. Ela começou a ser construída em 1862 como uma sinagoga, mas ela acabou nunca sendo usada assim. No ano 2000, ela foi transformada no Museu do Cinema, que vale muito a pena visitar e sobre o qual vou falar no próximo post. Além disso, o prédio também tem um elevador panorâmico para curtir a vista da cidade.

Na hora do pôr-do-sol, subi para o Monte dei Cappuccini. Da Piazza Veneto são uns vinte minutos a pé, mesmo andando devagar e parando para tirar fotos. Lá em cima fica uma igreja, mas o monte é mais conhecido pela vista do centro da cidade.

No caminho para o monte
Voltando para o albergue de noite

No dia seguinte, fui ver o Parco al Valentino, um parque enorme nas margens do rio Po. Era sábado de manhã, então tinha muita gente fazendo esportes no rio Po, principalmente remo, e já deu para ver que no parque tinha muitos clubes de regatas. O parque também tem várias atrações, como o Borgo Medievale, uma citadela construída para a Exposição de Turim no estilo das cidadezinhas medievais do Piemonte.

Foi essa a visita para Turim, gostei muito de finalmente ter conhecido essa cidade. Então para aproveitar com mais algumas fotos da cidade.

Na Itália, as línguas e dialetos locais também podem ser motivo de orgulho ou de preconceito.
Na estação central
Os bondes verdes também são um símbolo da cidade

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