Em Amsterdam, eu fiquei em um albergue perto da Praça dos Museus, então esse foi o primeiro lugar que vi da cidade, assim que desci do tram. Atravessei a praça coberta de neve, que eu via pela primeira vez, passei em frente à placa I Amsterdam completamente encantada e com bastante certeza que as roupas de inverno que eu tinha comprado no Brasil não iam me servir lá.
A Praça dos Museus foi um lugar de referência para mim, tão perto do meu albergue que eu passava lá o tempo inteiro, quando estava andando para o centro, pegando um tram, ou só para ir ao supermercado subterrâneo mesmo.
Rijksmuseum
O Rijksmuseum é conhecido pelas pinturas dos grandes artistas da Idade de Ouro Holandesa – ele tem obras de Rembrandt, Vermeer e Frans Hals, entre outros. Mas também tem obras bem diferentes que me surpreenderam, como as casas de bonecas que replicavam as mansões nos canais (e que podiam custar o preço de uma casa de verdade) que se tornaram uma moda entre a aristocracia.
O Rijksmuseum foi fundado em 1800, no início da República Batava, para dar à Holanda um museu nacional. Um concurso foi feito para decidir a arquitetura do prédio, e o vencedor foi Pierre Cuypers, com um desenho cheio de elementos góticos e renascentistas.
Ele já teve post próprio, em que conto um pouquinho das obras que mais me impressionaram, e que está aqui.
Museu Van Gogh
Outro museu que eu queria muito conhecer em Amsterdam era o Van Gogh. São mais de duzentas pinturas e quinhentos desenhos, organizados cronologicamente, pelos lugares onde foram feitos: a Holanda, Paris, Arles, Saint-Remy e Auvers-sur-Oise.
Quando eu estive na Holanda, o prédio estava fechado para reformas, mas a coleção inteira foi abrigada pelo Hermitage de Amsterdam e pude ir lá visitar. Eu fiquei muito impressionada com a tentativa de nos imergir no mundo de Van Gogh – novelos de lãs enrolados nos mostravam como ele estudava o equilíbrio de cores, pinturas eram colocadas em molduras especiais de vidro que nos permitiam ver o verso da tela, músicas compostas para a mostra só eram audíveis se você estivesse em frente ao quadro para o qual foram compostas. Ele também teve um post próprio, aqui.
Concertgebouw
O Concertgebouw também foi construído no século XIX como resultado de um concurso público, esse para construir uma casa de concertos na praça. O vencedor foi o arquiteto A. L. van Gendt, e o museu abriu para o público holandês em 1888. Hoje ele é conhecido pela acústica e tem cerca de 650 concertos por ano. Se você gostaria de ver um, é bom marcar com antecedência.
Se você prefere chegar de improviso, não tem problema: eles tem concertos gratuitos todas as quartas-feiras, na hora do almoço.
Museu Stedelijk
O Stedelijk é pouco conhecido pelos turistas, especialmente se a gente o compara com os dois outros grandes museus da lista. Mas ele é um museu de arte contemporânea conhecido por ser muito inovativo, e vale muito a pena. Eles são conhecidos pelas coleções de Malevich, de Arte Povera italiana, de Matisse, de Picasso, de pinturas alemãs modernas, de mobília holandesa, de movimentos Avant-Garde como o CoBrA e o De Stijl. Quando eu fui, estava acontecendo uma exposição enorme sobre o De Stijl, um movimento que pregava a utilização de linhas retas e cores primárias – o mais conhecido membro é Mondrian.
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