Visitando o Inhotim: Dicas práticas

Eu já perdi a conta de quantas vezes fui ao Inhotim. Vou pelo menos uma vez por ano, para levar um amigo que não é de Minas, para conhecer uma galeria que acabou de abrir ou para algum evento. É bem legal, porque já tenho meus preferidos em que faço questão de levar todo mundo, mas também tem alguns em que não prestei muita atenção na vez passada, e agora fico fascinada, e sempre tem algo novo.

Geralmente quando leio algo sobre o Inhotim, começa com uma tentativa de definir o que ele é. Museu a céu aberto? Galeria de arte contemporânea? Jardim botânico? Reserva ecológica? Lavagem de dinheiro? Só que a tarefa é impossível, porque ele é tanta coisa ao mesmo tempo. Talvez eu possa dizer simplesmente que é um dos lugares mais incríveis que já visitei na minha vida. Então esse é o primeiro de uma série de posts sobre o Inhotim, e começa com dicas práticas para quem quer visitar.

Inhotim laguinho

O Inhotim funciona de terça a domingo. De terça à sexta, ele abre às 09:30 e fecha às 16:30. Aos finais de semana ele abre no mesmo horário, mas fecha às 17:30. Como todo mundo tende a chegar no mesmo horário, às vezes tem fila na porta e pode compensar comprar online.

A entrada custa 44 reais agora em 2018, com meia-entrada para estudantes. Às quartas-feiras, a entrada é gratuita. Algumas pessoas não gostam de visitar nesse dia porque fica mais cheio.

 

inhotim bancos de madeira hugo frança

O que levar:

  • Desde janeiro de 2018, é imprescindível levar a carteirinha de vacinação contra febre amarela. Sem isso, a entrada no parque não tem sido permitida, e nem no ônibus da Saritur que te leva para lá.
  • Uma garrafa de água, porque tem bebedores para todo lado
  • Sapatos confortáveis e fáceis de tirar e colocar
  • Roupa de banho
  • Inseticida
  • Protetor Solar

inhotim flor vermelha

Como se locomover lá dentro:

Eu sempre fui andando, e acho a melhor maneira para ver todas as estátuas / destaques botânicos no caminho. Nesse caso, repito: sapatos confortáveis são necessários.

Se você tem dificuldade de locomoção, pode ir nos carrinhos de golfe, que serão gratuitos para você e um acompanhante.

Se você prefere ir de carrinho por qualquer motivo, também existe a possibilidade alugá-los. As rotas pré-determinadas custam 30 reais por pessoa, exceto por crianças com menos de 5 anos, que não pagam. Também é possível ter um carrinho particular, por 500 reais ao dia ou 200 reais a hora.

Há visitas guiadas todos os dias entre as 11h e 14h, mas são apenas 25 vagas disponíveis. Existem visitas temáticas e uma visita panorâmica.

inhotim flores vermelhas

Onde comer?

Não é permitido entrar com comidas e bebidas e nem fazer piquenique, o que é o único lado da visita do qual eu não gosto. E muita gente acaba fazendo isso, porque os restaurantes não são baratos. Entendo que é uma Reserva Ecológica e comer em qualquer lugar não deveria ser permitido, mas podiam ter algumas áreas para piquenique. Então se você vai levar, coma sua comida em alguma das lanchonetes mesmo, que eles geralmente não se importam.

O restaurante mais antigo é o Tamboril, que também é o mais caro. Ele é um buffet livre, inclusive sobremesa, por 79 reais por pessoa.

Também existe uma opção de self-service, o restaurante Hélio Oiticica. Ele custa 43 reais por quilo nos dias de semana e 49 reais por quilo nos fins de semana.

Na entrada, há o Café das Flores, que tem um pão de queijo delicioso.

Existem algumas lanchonetes em algumas das galerias, mas elas são bem caras. Geralmente um pacote de chips custa em torno de dez reais.

Como chegar:

  • De carro: Ir de carro é a opção mais rápida, e o estacionamento no parque é gratuito. Também é a melhor opção para quem quer parar no caminho, combinando a visita com outros lugares, como o Restaurante Topo do Mundo.
  • De ônibus: os ônibus da Saritur são os mais práticos porque param no estacionamento do parque. Eles são ônibus executivos que saem de BH todos os dias às 8:15 e voltam no horário de fechamento, então as 16:30 em dias de semana e 17:30 nos fins de semana. Às segundas, quando o Inhotim não abre, o ônibus também não sai. As passagens atualmente custam 38,70 (ida) e 35 reais (volta), e o trajeto dura uma hora e quarenta e cinco minutos. Em dias em que as passagens esgotam rápido, como as quartas feiras, eles costumam colocar outro ônibus como opção, que geralmente é um ônibus convencional e as passagens custam 24 reais (ida) e 21 reais (volta). Eu já peguei ambos e achei a diferença pequena para uma viagem tão curta. Dá para comprar online, mas nesse caso é necessário trocar a confirmação pela passagem na rodoviária.
  • De van: O hotel Holiday Inn tem vans que saem para o Inhotim no mesmo horário que o ônibus, mas é necessário reservar com antecedência de 24h pelos telefones (31) 3571-9796 ou (31) 99737-6366. A van custa em torno de 60 reais.
inhotim miquinhos
Miquinhos no Inhotim

Onde ficar:

  • BH – é onde eu sempre fiquei, mas porque moro aqui e porque sabia que iria ao Inhotim várias vezes mas não em dias consecutivos. Recomendo só para quem só quer passar um dia lá.
  • Brumadinho – A cidade Brumadinho é bem mais perto do parque e tem várias opções de hospedagem, inclusive albergues da juventude, e transporte.
  • Perto do Inhotim – Algumas pousadas abriram muito perto do parque, e parece que algumas vão abrir lá dentro. Para quem quer se dedicar mais ao Inhotim e comprou um passaporte de vários dias, pode ser a melhor opção.

O que visitar lá dentro?

Essa é a decisão mas difícil, porque para ver tudo, são necessários pelo menos três dias, e a maioria das pessoas não tem tanto tempo. Você pode procurar um pouco sobre as galerias, ou simplesmente andar a esmo e ver o que te chama a atenção. Se prefere procurar, fique atento aos próximos posts, que vão falar sobre os três eixos que o Inhotim recomenda para visitar as obras: o Rosa, o Amarelo e o Laranja.

De qualquer forma, uma das maiores razões pela qual o Inhotim é famoso é a conexão entre arte e natureza, e isso você vai ver não importa que caminho escolha, começando com os bancos construídos com um só pedaço de madeira. Eles são obra do designer gaúcho Hugo França, e todos foram feitos com resíduos florestais, e todos esculpidos com moto-serras. Como diz o artista, ele quer desconstruir o símbolo do desmatamento. São 130 bancos espalhados pelo parque, a maioria feitos de pequi-vinagreiro, árvore que está praticamente extinta.

Clique aqui para ler todos os posts que já saíram sobre o Brasil.

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