Explorando Guimarães

Quando cheguei em Guimarães, cidadezinha perto do Porto, uma das primeiras atrações que vi foi a famosa placa “Aqui Nasceu Portugal”. A cidade tem o título de Berço de Portugal, por ter sido onde nasceu Dom Afonso Henriques, fundador e primeiro rei do país, que teria começado a conquistar os territórios muçulmanos de lá. Em Guimarães e nos arredores aconteceram muitos eventos que seriam fundamentais para a independência de Portugal, e por isso o reconhecimento e a atração turística.

Guimarães Portugal aqui nasceu

Depois disso, fui ao Castelo, que seria onde D. Afonso nasceu. Ele foi construído no século X por Mumadona Dias, uma poderosa condessa que governou a região depois da morte do marido. Ela foi uma influência enorme na cidade, e sua história está ligada com várias atrações da cidade.

Castelo Guimarães Portugal

O Castelo foi construído com paredes externas em formato de pentagrama, de forma a lembrar um escudo. Depois ele foi muito alterado durante os séculos posteriores, quando não tinha mais uma função defensiva. Em 2007, ele foi eleito uma das Sete Maravilhas de Portugal. O Castelo tem entrada gratuita, exceto na torre mais alta.

Portugal Guimarães Castelo Dom Afonso

Depois passei pelo Paço dos Duques de Bragança, que foi originalmente construído no século XIV pelo conde de Barcelos, um filho ilegítimo de D. João I e futuro duque de Bragança. O Paço esteve em ruínas por um tempo, ouvi falar que foi usado como pedreira para outros prédios, e depois foi reconstruído durante a ditadura de Salazar. Até hoje ele é uma das residências oficiais do presidente no país.

Visitado o Castelo, fui fazer meu passeio preferido em cidadezinhas pelo mundo e bater perna. Passei pela Rua de Santa Maria, aberta para ligar o Castelo à Igreja de Nossa Senhora de Oliveira. O centro da cidade é uma mistura de casas medievais e casas até o século XVII. Ela costumava ser habitada pela nobreza e o clero, e hoje é um dos lugares mais fotogênicos da cidade.

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Eventualmente cheguei na Igreja de Nossa Senhora de Oliveira, que também foi construído por Mumadona Dias. Ele tinha uma muralha que o protegia de invasores, e era mais antigo que o Castelo. Hoje, porém, não resta muito do convento original. Ele recebeu esse nome muito depois, em homenagem a uma oliveira que ficava lá em frente e tinha voltado a dar frutos depois que uma cruz foi colocada nela. A árvore foi movida, mas há alguns anos plantaram uma nova oliveira.

Em frente fica o Padrão do Salado, erguido para comemorar a vitória na Batalha de Salado contra os muçulmanos.

O Largo da Oliveira fica bem em frente, e tem o Paço do Concelho, de onde a cidade era governada e que em Portugal ainda se escreve com C mesmo.

Também passei pela Igreja de Nossa Senhora da Consolação, conhecida na cidade pelas duas torres, mas que eu já tinha visto pela foto dos jardins na frente.

Foi só um bate-e-volta, e de noite eu já estava de volta no Porto, mas é legal ter esse gosto da vida em cidadezinhas.

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2 comentários

  1. Fernando Bretas

    E gente Júlia? A cidade é linda. História pura. Mas nas fotos a gente praticamente não vê as pessoas. Vc teve contato? Dizem que elas são meio arredias e que não gostam de turistas que lhes tiram a liberdade. É verdade?

    1. Julia Boechat

      Oi, Fernando, tudo bom? Desculpa a demora da resposta. Acho que em todo lugar as pessoas se ressentem contra o turismo de massas, justamente por isso que você falou, que tira a liberdade. Como fiquei lá só por um dia, era baixa temporada e o tempo estava ruim, realmente não tive contato com muitas pessoas. Nos restaurantes, as pessoas foram muito simpáticas, mas é tudo que posso dizer.

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