Covent Garden e Neal’s Yard

O que primeiro me atraiu ao bairro de Covent Garden foi o mercado fechado com o mesmo nome, que é uma das atrações turísticas mais famosas de Londres. Ele foi construído pelo Earl de Bedford, inspirado nas praças italianas, e é por isso que o pátio até hoje é conhecido como piazza. O lugar costumava ser os jardins de um convento próximo, o que explica o nome.

Ele era inicialmente um mercado de frutas e vegetais, o mesmo lugar onde a Audrey Hepburn vende flores no início de My Fair Lady. Depois dos Grande Incêndio de Londres, ele se tornou o principal mercado de frutas e vegetais da cidade, e nos anos 1830 recebeu a armação de ferro. Nos anos 80, ele começou a virar o mercado que vemos hoje, cheio de restaurantes, lojinhas e artistas de rua.

Covent Garden

Lá tem muitas lojas de luxo, mas também tem muitas lojinhas interessantes para visitar, como a Pylones, loja de objetos de design francesa, a Tintin, que vende objetos ligados à história em quadrinhos, tem uma Benjamin Pollock Toyshop, que vende teatrinhos de brinquedo baseados nos que a gente vê no Pollock Toy Museum, que eu visitei em Bloomsbury, a Stanfords Map and Travel Shop, que vende mapas, globos e acessórios de viagem, a Muji, marca japonesa minimalista cujo nome significa “sem marca” e só vende produtos sem etiqueta.

Para quem gosta de doces, tem os macarons da Ladurée, os chocolates e sorvete da Venchi e o melhor cookie do mundo na Ben’s Cookies. Sério, parece que colocam uma barra de chocolate inteira dentro de cada cookie.

Ben's Cookies Londres

Também tem barraquinhas no Apple Market que vendem antiguidades às segundas feiras e artesanato e lembrancinhas nos outros dias. Outro mercado de barraquinhas, o Jubilee Market, também tem as segundas feiras dedicadas a antiguidades, terça à sexta a produtos em geral e sábado e domingo às artes e artesanato. Eles têm algumas barraquinhas com comida de rua.

Saindo de lá, vi que a Royal Opera House é do lado. O London Transport Museum também é pertinho, e um dos museus que mais tenho vontade de visitar em Londres. Dizem que a sede é linda, com uma estrutura de aço muito parecida com a do Covent Garden, e um dos meus sonhos e viagem é fazer um dos tours que eles organizam para estações fechadas do metrô. O problema é que elas raramente abrem e os preços são absurdos, alguns chegando a entre 40 e 80 libras.

Neal's Yard Covent Garden Londres 2

Um dia, voltando do mercado, dei de cara com o Neal’s Yard, do qual até então nunca tinha ouvido falar. Mas é tão diferente de tudo em volta, que não tem como não parar um pouco, tirar umas fotos, examinar as lojinhas.

Neal's Yard Covent Garden Londres 3

Como eu descobri depois, o lugar tem esse nome por causa de Thomas Neale, que era dono das casinhas no século XVII, e esperava que esse se tornasse um distrito da moda em Londres. Ele acertou, porque ao redor do Yard fica o Seven Dials, uma esquina cheia de lojas interessantes. O lugar estava em desuso até ser comprado pelo ativista Nicholas Saunders para desenvolver seu projeto de lojas éticas e sustentáveis. Essa logo se tornou a vibe do pátio, e com o passar do tempo foram abertas lojas que se tornaram ícones, como o Neal’s Yard Remedies, com produtos para pele orgânicos, e o Neal’s Yard Cheese, que muita gente jura de pés juntos que é o melhor queijo de Londres. Já foi até objeto de um sketch do Monty Python, cuja sede costumava ser no Neal’s Yard.

Neal's Yard Covent Garden Londres

Também existem vários restaurantes super agradáveis lá perto. Um é a Homeslice, pizzaria que serve fatias com preços super baratos para Londres. Por 4 libras você come uma fatia enorme. Outro é o Jamie’s Italian, do Jamie Oliver. Mas o mais famoso é o Monmouth Coffee, conhecido pelo café e os salgados.

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