13 Praças Incríveis de Roma

Essas são treze praças imperdíveis de Roma. Algumas são famosas e estão em todos os roteiros, outras são menos conhecidas, mas valem igualmente a pena. Vamos contar aqui um pouco de suas histórias e curiosidades.

Piazza Navona

Piazza Navona praças de Roma 1

Uma das praças mais conhecidas e visitadas da cidade, a Piazza Navona é imperdível. Ela tem seu formato característico por causa do estádio que era localizado aqui na Roma antiga, que se enchia de água e onde navios disputavam batalhas navais para o entretenimento do povo. Mais de um milênio mais tarde, ela recebeu os prédios barrocos que a circundam. Um dos palácios mais famosos é o Palazzo Pamphilj, hoje sede da embaixada brasileira. No centro, fica a enorme fonte feita por Bernini, com um obelisco egípcio no centro. Muitos obeliscos vão aparecer na lista, então tenho que contar a história maravilhosa de como eles ganharam esse nome. Acontece que os primeiros gregos que foram ao Egito viram essas estruturas imponentes e pensaram que parecia um espeto de churrasquinho. E deram a eles o nome da palavra grega que signifcava isso. Não estou zoando.

Quatro figuras musculosas representam quatro grandes rios dos quatro continentes conhecidos: o Danúbio, o Nilo, o La Plata e o Ganges. A figura representando o Danúbio tem o brasão do papa, já que é o rio mais perto de Roma. A do Nilo está encapuzada, porque na época não se tinha descoberto a sua origem. A do La Plata está sentada em cima de moedas, representando as riquezas das Américas. E a do Ganges tem um remo, porque ele é um rio navegável.

Na parte sul da praça fica a Fonte do Mouro, enquanto na parte norte fica a Fonte do Netuno, ambas de Giacomo della Porta.

Campo de Fiori

Campo de Fiori praças de Roma 2

Em 17 de fevereiro de 1600, o filósofo Giordano Bruno foi queimado vivo por heresia nessa praça romana. Hoje, uma estátua marca o lugar, com uma placa que diz

“A Bruno – il secolo da lui divinato – qui dove il rogo arse” ou seja, “A Bruno, do século por ele adivinhado, aqui onde o fogo ardeu”. Uma feira de legumes e peixes também é montada lá todos os dias.

Piazza di Spagna

A Piazza di Spagna é outra que frequentemente está na lista de atrações indispensáveis de Roma. As escadarias que levam à Igreja de Trinità dei Monti é muito famosa, e está sempre cheia de gente. Na primavera, também está cheia de azaléias, o que é um motivo a mais para visitar Roma nessa época.

Na base da escadaria fica o museu Shelley-Keats, em homenagem a dois grandes poetas que moravam em Roma.

Em frente à Igreja fica um obelisco romano, feito como imitação do egípcio da Piazza del Popolo. Muitos obeliscos existem em Roma, e vários aparecem nessa lista.

Piazza di Spagna praças de Roma 2

Debaixo da escadaria fica a Fontana della Barcaccia. Diz a lenda que ela foi encomendada pelo Papa Urbano VII depois que ele viu um barco ser trazido à praça por uma enchente do rio Tibre. Ela foi construída por Pietro Bernini e seu famoso filho, Gian Lorenzo Bernini.

Piazza del Popolo

Piazza del Popolo praças de Roma 2

A Piazza del Popolo fica do lado do antigo muro que cercava Roma antiga, e de uma das portas principais de entrada na cidade, a Porta Flaminia. Ele tem sua aparência atual por causa de uma reforma feita por Bernini. 

Ela foi por séculos o primeiro lugar que visitantes viam chegando em Roma.

Do lado da porta, fica a Basílica de Santa Maria del Popolo, com obras de Caravaggio, Rafael e Bernini.

Piazza del Popolo praças de Roma 1

O obelisco no centro foi trazido de Heliópolis em 10 antes de nossa era e é um dos maiores e mais antigos obeliscos da cidade.

As duas igrejas no fundo podem parecer iguais, mas um exame detalhado mostra as diferenças. Elas são as igrejas de Santa Maria in Monsanto e Santa Maria dei Miracoli. Elas foram encomendadas pelo papa Alexandre VII, começadas por Carlo Rainaldi e terminadas por Bernini.

Hoje o nome da praça em italiano significa “praça do povo”, mas isso vem de uma corruptela da palavra latina “populus”, que significa choupo.

Piazza del Pasquino

Piazza del Pasquino praças de Roma 2

O Pasquino é uma estátua meio destruída em uma pequena praça de Roma. Sua atração maior vem do fato de ser uma estátua falante, ou seja, uma onde pequenos poemas e epigramas críticos das autoridades começaram a aparecer. No início apareciam mais poemas e fofocas, mas a estátua logo se tornou um lugar para se expressar contra o governo. O Papa Adriano VII planejou atirá-la no rio Tibre, mas lhe disseram que o Pasquino era como uma rã e só faria mais barulho se jogado na água fria. Eventualmente, ele contratou seguranças para guardar o Pasquino e proibir o aparecimento de mais críticas, o que levou ao aparecimento de outras estátuas falantes em Roma. Um deles, o Marforio, costuma ser usado para responder as pessoas que escreveram algo no Pasquino.

A estátua ficou tão famosa que gerou até uma palavra em inglês, Pasquinade, que significa um protesto satírico em forma de poesia.

Largo di Torre Argentina

Largo di Torre Argentina praças de Roma 2

Essa é uma praça romana com as ruínas de quatro templos antigos e o Teatro Pompéia. Em 1927, essa área seria destruída, até que essas ruínas foram descobertas. Foi no Teatro Pompéia que Júlio César foi assassinado, e por isso ela foi preservada.

Hoje, a praça ainda tem a curiosidade de ser um santuário para gatos, onde gatos de rua são cuidados por voluntários.

Campidoglio

A colina Capitolina é uma das sete colinas sobre as quais Roma foi fundada. Teria sido aqui que os sabinos se estabeleceram depois do rapto das mulheres sabinas. Aparentemente, um templo dedicado a Júpiter ficava aqui.

Durante a Idade Média e o Renascimento, palácios foram construídos em volta da praça. Quando o papa Paulo III, da família Farnese, queria impressionar o Imperador Carlos V, ele contratou Michelangelo para remodelar a praça e os palácios do entorno. Com o desenho do chão, ele volta a orientação da praça do Fórum Imperial para o Vaticano, para o novo ao invés do antigo.

Originalmente seria um círculo, mas Michelangelo percebeu que uma forma perfeita não funcionaria na praça irregular.

No centro, ele colocou uma estátua do Imperador Marco Aurélio. Ela foi escolhida porque pensavam na época que fosse uma estátua de Constantino, o primeiro imperador cristão.

Hoje, os três palácios que circundam a praça são a sede dos Musei Capitolini, onde eu vi a estátua da Loba encontrada durante o Renascimento, a qual se adicionaram depois Rômulo e Remo.

Piazza Mattei

Essa é uma das praças favoritas dos romanos, embora ainda seja um segredo para turistas. Ela fica em uma ruazinha do gueto judaico, e por isso é difícil de achar. A grande atração aqui é a Fonte das Tartarugas, uma pequena fonte feita por Giacomo della Porta. Diz a lenda que ela foi construída por um duque, depois que o pai de sua pretendente disse que daria a mão dela em casamento se o duque construísse uma fonte em uma noite.
Aproveite a região, já que o gueto judaico é conhecido pelos bons restaurantes. Se for primavera, não deixe de pedir as carciofe alla giuda, alcachofras preparadas ao modo judeu.

Piazza Fontana di Trevi

Fontana di Trevi praças de Roma 2

A fonte mais famosa de Roma foi construída no século XVII, já que o papa Urbano VIII achava que a que existia lá não era dramática o bastante. Acho que podemos dizer que se drama era o objetivo, o novo arquiteto passou com A. Ela foi construída por Nicola Salvi e Pietro Bracci.

Não se esqueça de cumprir a tradição e jogar algumas moedas com a mão direita sobre o ombro esquerdo. Todo dia, são jogados cerca de 3 mil euros na fonte. Eles são usados para subvencionar um supermercado que vende comidas a baixo preços para os necessitados.

Piazza Santa Maria in Trastevere

Santa Maria in Trastevere praças de Roma

Nessa praça fica a Basílica de Santa Maria in Trastevere, uma das mais antigas de Roma. As pilastras jônicas lá entro foram tiradas das Termas de Caracalla e do Templo de Isis. Os mosaicos foram feitos na Idade Média.

Do lado de fora, na praça, fica a fonte Santa Maria in Trastevere. Ela foi feita no século VIII, e também é uma das mais antigas de Roma. Depois, ela foi reformada por Donato Bramante e Bernini.

Esse é outro bairro para procurar bons restaurantes. Dizem os romanos que Trastevere é onde moram os romanos de verdade, e é onde você pode achar muitos pratos tradicionais de Roma.

Piazza Colonna

Piazza Colonna praças de Roma

A Piazza Colonna é um espaço monumental desde a antiguidade: aqui ficava o enorme templo construído pelo imperador Marco Aurelio. Hoje, no centro dela, fica uma enorme coluna decorada feita pelo imperador.

Piazza Santa Maria sopra Minerva

Piazza Minerva praças de Roma 1

Dando a volta no Pantheon, você encontra essa pracinha agradável com um obelisco. A Piazza Santa Maria sopra Minerva, literalmente Santa Maria Sobre Minerva, tem esse nome porque a igreja foi construída sobre um templo romano. O elefante foi esculpido por Bernini (ou, mas provavelmente, um dos seus assistentes), mas os habitantes de Roma aparentemente não gostaram, porque o chamaram de “il porcino della Minerva”, o porquinho da Minerva. Nas fachadas de alguns dos prédios dessa praça, eu vi placas que lembravam duas enchentes do Tibre – a de 1422 e 1598.

Piazza di Pietra

Piazza di Pietra praças de Roma

Lá perto fica outra praça famosa, a Praça de Pedra. Essa foi construída por ocasião da deificação do Imperador Adriano, por seu herdeiro Antonino Pio. O que resta do prédio foi incorporado a um edifício do século XIX.

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