Em Arequipa, conhecida como a cidade branca por causa da pedra vulcânica usada nos prédios, fica um antigo convento mais conhecido por suas cores. Você passa por celas, a igreja branca e uma sucessão de ruas e pátios pintados de vermelho e azul.
Ele foi construído em estilo Mudéjar, o que explica porque em alguns dos claustros coloridos você se sente caminhando pelo Marrocos ou pela Andalusia.
O Convento de Santa Catalina foi fundado por uma rica viúva, Maria de Guzmán, e aceitava principalmente mulheres de famílias ricas de origem espanhola. Para entrar lá, elas tinham que pagar um dote, que era equivalente a cerca de 150 mil dólares de hoje.Elas também tinham que trazer vários itens, como uma estátua, uma pintura e roupas. As mais ricas traziam porcelana inglesa e cortinas de seda para enfeitar suas celas.
Sem poder entrar no Convento, mais ouvindo falar sobre a riqueza de seu interior, os habitantes de Arequipa criaram histórias, dizendo que as ruas do monastério eram cobertas de ouro. Também surgiram histórias de freiras que engravidavam, e de esqueletos de bebês descobertos atrás das paredes. Em 1871, o Vaticano chegou a mandar uma freira para introduzir um regime de austeridade e oração, mandar muitos das riquezas para a Europa e libertar as escravas.
Nos anos 60, o convento foi afetado por dois terremotos, e precisava de vários reparos. Além disso, a cidade tinha exigido a instalação de água encanada e eletricidade. Foi quando decidiu-se que ele deveria ser aberto ao público como forma de conseguir o dinheiro necessário. No entanto, vinte freiras ainda vivem enclausuradas, em uma parte do Mosteiro que ainda está fechada.
O percurso é feito em círculo, e é bem fácil se perder, mas eles dão um mapa na entrada. Depois da entrada, você passa por uma sucessão de pátios coloridos e por ruas como a Calle de Toledo e Calle Málaga.
A igreja do convento é visível da maior parte do percurso.
Mas você só a visita ao fim do passeio, assim como o pátio principal e a vista de cima para todo o convento.
Você pode contratar um guia, que estão disponíveis na entrada, e o passeio dura em torno de uma hora. Eu resolvi ir por conta própria, e fiquei lá em torno de duas horas. Fiquei satisfeita, já que a maioria das salas tinha explicações. Imagino que o guia pule algumas celas, já que elas começam a ficar repetitivas depois de um tempo. Mas gostei de ver todas elas por conta própria, e ter todo o tempo que eu queria para aproveitar e tirar fotos.
Em Arequipa, também tive a oportunidade fazer um Free Walking Tour pelas atrações principais e de explorar a cidade por conta própria. Quando eu estava fazendo isso, visitei a Casa del Moral, a casa de uma família da aristocracia que também era pintada de vermelho e azul, e parecia uma mini versão do Convento. Foi um lugar bem curioso.
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Muito lindo! Tava pensando em incluir essa cidade no meu roteiro, e acho que vou incluir só por causa dessas fotos, haha. Adorei essas paredes coloridas com as plantas.
Eu achei que vale muito a pena!