Patinando no gelo no Castelo de Vajdahunyad

O Castelo de Vajdahunyad parecia uma atração interessante quando li sobre ele no meu guia de viagens. Ele foi construído para comemorar os mil anos da nação húngara, desde a conquista da região (há controvérsias sobre de onde o povo húngaro veio, mas a maioria dos pesquisadores pensa que eles vieram da Ásia, e por isso a língua não tem relação com quase nenhuma língua européia). Para comemorar, o castelo foi construído em vários estilos, prestando homenagem a vários castelos diferentes na Hungria. É estranho porque dando a volta no castelo você vai do romanesco ao barroco em minutos, e nada combina, mas é isso que o torna único.

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O Castelo de Hunyad, hoje em dia na Romênia, é uma das inspirações de Vajdahunyad. Crédito: Tourism in Romenia

Quando eu li sobre o Castelo, também li que ele ficava em uma pequena ilha chamada de Széchenyi no Parque da Cidade, cercado por um laguinho artificial. Como estava frio, imaginei que ele podia estar congelado, mas não sabia que era um lugar famoso por causa da pista de patinação no gelo. Eu nunca tinha patinado, então achei que ir pela primeira vez na frente de um Castelo era irresistível. Além disso, Budapeste até então tinha sido ainda mais barata que eu imaginava, então por que não?

Tinha duas filas, uma para quem tem patins, uma para quem queria alugar. Dizem que pegar um número maior é aconselhável, mas eu achei melhor não confiar na sabedoria popular e só falei para a moça que nunca tinha patinado então não sabia meu número de patins, mas que meu número de sapato normal era 37 (tamanho europeu). Ela me deu patins no tamanho 37 mesmo, e serviram perfeitamente.

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Também me deram a chave de um escaninho, onde guardei minhas botas e minha bolsa. Eu fui andando do escaninho até a pista com os patins de gelo nos pés, como eu vi as outras pessoas fazendo. É tudo coberto por um emborrachado, então não é difícil andar, mas é bem engraçado.

Quando cheguei na pista, fiquei alguns segundos olhando para a pista e pensando como eu ia sair do emborrachado e entrar no gelo. Olhei um pouco as pessoas e elas simplesmente iam, então fiz o mesmo, quase caindo de bunda no meio do processo. Não levou muito tempo até eu realmente cair de bunda no meio da pista, o que foi de boa porque na verdade eu já estava esperando por isso. Depois de um tempo, o que eu lembrava de patinar na pracinha tomou conta, e consegui até dar umas voltas. Não cai de novo, pelo que fiquei ridiculamente orgulhosa de mim mesma. Para abaixar um pouco minha auto-estima, fiquei dolorida por dias.

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Depois algumas amigas minhas disseram que é bem mais fácil patinar quando é uma pista artificial, porque o gelo fica mais uniforme, e costuma ter corrimão. Mas fazer o quê. Como eu disse, o castelo era irresistível.

Informações práticas:

O rink de patinação ficava aberto entre 9 e 13 horas e depois entre 17 e 21, de segunda a sábado, e entre 10 e 14 e 16 e 20 horas aos domingos.

A admissão era 1000 florins húngaros Às segundas e terças, 1500 florins às quartas, quintas e sextas de manhã, e 2000 florins de sexta à tarde até domingo.

O aluguel de patins custava 800 florins por hora.

Não encontrei online os preços e horários atuais, então não sei se a informação está desatualizada. Confira antes de ir!

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2 comentários

  1. Nathália W.

    Oii, Julia! Tudo bem?
    Seu blog foi um achado para mim, me identifico demais com seu estilo de viagem e já salvei várias postagens! 🙂
    Você foi pra budapeste no perídodo do inverno? Porque estou pensando em ir em janeiro, mas me questionando se conseguiria curtir bem cidade, “people watch” e etc… O que vc acha?

    1. Julia Boechat

      Oi, Nathália, tudo bom?
      Obrigada, que bom que você curtiu!
      Aqui, sobre o inverno, depende muito de você mesmo, quanto frio você suporta pessoalmente antes de ficar desagradável, e se você tem roupas apropriadas para passar o dia batendo perna no frio. Se você fica bem, é agradável e bem diferente para a gente. Às vezes também é questão de planejar um ritmo diferente, de passear mais por lugares fechados, dentro de museus, etc. Mas lembra também isso: a melhor época para viajar é aquela em que a gente pode!
      Abraços,
      Julia

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