Meia-noite em Paris: lugares icônicos da geração perdida

No filme Meia-Noite em Paris, do Woody Allen, toda noite um carro antigo encontra Gil, o personagem do Owen Wilson, vagando por Paris e o convida para dar um passeio pelo passado. Lá ele encontra seus heróis, Hemingway, Faulkner, Scott e Zelda Fitzgerald.

Gertrude Stein, falando com Hemingway, uma vez disse que eles, todos os que serviram na guerra, eram uma geração perdida. Ele adotou a frase e a usou no seu livro Paris é uma Festa, e depois como epígrafe em O Sol Também se Levanta.

Com o tempo, a frase passou a ser usada para falar dos artistas e escritores americanos que emigraram para Paris no meio da campanha de “volta à normalidade que se instaurava nos Estados Unidos. Pessoas como Fitzgerald e Ezra Pound, que se sentiam atraídos pela vida boêmia e pela cultura de Paris na época.

Como nenhum carrinho vintage nunca se ofereceu para me transportar no tempo, procurei uma lista de muitos dos lugares onde os membros da Geração Perdida escreviam alguns dos romances que marcaram o século. Infelizmente, o motivo pelo qual esses lugares foram escolhidos pela Geração Perdida não faz mais muito sentido: eles são atrações turísticas, e com isso quase nenhum ainda é barato.

Jardim do Luxemburgo

Um dos lugares preferidos de Hemingway, que trazia aqui seus filhos quando o tempo estava bom. Em Paris é uma Festa, ele comenta como visitava o Museu do Luxemburgo quase todos os dias para ver as obras dos impressionistas, os os Cézannes, Manets e Monets que depois foram transferidos para o Louvre (e depois para o D’Orsay). O apartamento da Gertrude Stein era lá perto.

Les Deux Magots

deux-magots

Hemingway, Simone de Beauvoir, Sartre, Camus, James Joyce, Brecht e Picasso estavam entre os freqüentadores. Algumas décadas antes, eram Rimbaud e Verlaine.

Café de Flore

geração perdida paris café de flore beauvoir sartre

O quartel-general da Geração Perdida, no Boulevard Saint-German. Queneau, Bataille, André Breton, Huysmans e Picasso eram todos frequentadores. Sartre uma vez escreveu que o caminho para o Café e Flore era o caminho para a liberdade: ele e Simone de Beauvoir costumavam ficar lá por horas todos os dias.

La Closerie des Lilas

Aqui foi onde Hemingway primeiro leu o manuscrito de O Grande Gatsby, que Fitzgerald levou para ele. Também foi onde ele escreveu a maior parte de O Sol também se levanta. Uma plaquinha de bronze mostra o lugar preferido de Hemingway. André Breton e Tristan Tzara terminaram aqui o movimento Dada.

Harry’s New York Bar

geração perdida harry's new york bar hemingway paris

Localizado a apenas alguns passos da Ópera, o bar permanece basicamente o mesmo desde a época da Geração Perdida. Ele era um favorito de Gertrude Stein, Hemingway e Fitzgerald. Além disso, ele clama ter inventado o Bloody Mary.

Shakespeare & Co

Nesse post, eu falei sobre a livraria Shakespeare & Co, uma das livrarias mais bonitas do mundo. Ela tem esse nome em homenagem à outra livraria do mesmo nome, aberta por Sylvia Beach, personagem freqüente em Paris é uma festa. Ela foi responsável por publicar livros que eram proibidos em outros países, como Lolita e Ulisses. A original era situada na Rue de l’Odéon, no número 12, em Saint-Germain-des-Prés.

La Rotonde

La Rotonde é um café em Montparnasse (não confundir com outros com o mesmo nome em outros arrondissements). No período entre-guerras, era um preferido de vários pintores em Paris, como Picasso, Chagall, Modigliani e Diego Rivera. Aparentemente, até Lev Trotski era um frequentador.

Clique na imagem para ler mais sobre minha viagem para a França.

2 comentários

Deixe uma resposta