Em 1970, quando ele gravou seu vídeo Heroes em Berlim, David Bowie chamou Berlim de a maior extravaganza cultural que alguém poderia imaginar. O prefeito de Berlim em 2004, Klaus Wowereit, disse que a cidade era pobre, mas sexy. A ativista Anneliese Bödecker disse que a cidade era odiosa, barulhenta, suja, cinza, com ruas congestionadas não importa aonde você vá – e que ela não tinha dó de todo mundo que não morava lá.
Foi durante a Guerra Fria que a arte de rua se tornou popular lá, e até hoje continua uma espécie de meca do graffiti.
Esses são três dos melhores lugares para encontrar arte de rua incrível em Berlim.
Haus Schwarzenberg
Ao contrário do que você pode imaginar pelos lugares abaixo, graffiti é na verdade ilegal na Alemanha. Os artistas da East Side Gallery foram convidados, e os de Kreuzberg se arriscaram. Em outras áreas, você pode notar que você vê principalmente stencils, não graffiti.
Haus Schwarzenberg é diferente porque é um beco que é propriedade privada, pertencente a um coletivo de artistas. E eles permitem que arte de rua seja feita lá por qualquer pessoa interessada. Lá também tem restaurantes e lojinhas de roupas e discos de vinil, então é um lugar que vale a pena conhecer.
Acho interessante lá perto o contraste com um dos prédios Art Nouveau mais famosos de Berlim, o Hackesche Höfe. Você passa por uma sucessão de pátios que também são cheios de lojinhas alternativas, embora bem mais caras que as do Haus Schwarzenberg.
Eastside Gallery
Descrito como um memorial internacional para a liberdade, parte do Muro de Berlim foi preservada, grafitada, e se tornou um museu ao ar livre, a East Side Gallery. É uma sessão de 1,3 km na beira do rio Spree, tornando-a uma das maiores galerias a céu aberto do mundo.
Quando foi decidido que essa parte do muro seria preservada, 105 artistas de todo o mundo foram chamados para pintá-la. Eles incluem Jürgen Grosse, conhecido como INDIANO, Dimitri Vrubel, Siegfrid Santoni, Bodo Sperling, Kasra Alavi, Kani Alavi, Jim Avignon, Thierry Noir, Ingeborg Blumenthal, Ignasi Blanch i Gisbert, Kim Prisu e Hervé Morlay VR.
Eles documentaram a sua época e expressaram suas experiência para o futuro.
Muitas das pinturas foram danificadas por vandalismo, graffiti e erosão, então alguns deles já foram restaurados. Elas ficam no lado oriental do muro, do qual as pessoas não podiam se aproximar durante a guerra fria.
Você pode atravessar a ponte Oberbaum, um dos símbolos da cidade, para ir para Kreuzberg. Na ponte, dois sinais luminosos ficam sempre jogando pedra, papel ou tesoura.
Kreuzberg
Centro da contracultura da cidade, Kreuzberg era a parte mais pobre de Berlim Ocidental. O bairro é uma mistura de culturas, com grande número de descendentes de turcos (e os melhores kebabs da cidade, não perca o Mustafa Gemuse).
Todo ano eles celebram o carnaval das culturas, uma parada de rua colorida com comidas típicas e música.
Na parte de arte de rua, Kreuzberg é conhecido pelos grandes painéis pintados dos lados de edifícios.
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