Nem só de feirinha vive San Telmo

San Telmo está em todas as listas de coisas para fazer em Buenos Aires, graças à Feirinha de Antigüidades que acontece todo domingo. É a meca boemia da cidade. Se você quer antigüidades, vá para a Plaza Dorrego, e se quer comprar souvenirs, vá para Calle Defensa. Eu fui lá em um domingo, mas com a temperatura perto de zero, não estava tão animada como costuma. Não vi ninguém dançando tango, como tinha visto em tantas fotos.

Se você for em outros dias da semana, pode explorar o Mercado de San Telmo ou os cerca de 500 antiquários espalhados pelo bairro, então em qualquer momento o bairro é um achado para quem procura antiguidades.

Mas San Telmo não vive só disso, e você pode encontrar arte de rua incrível, galerias de arte moderna e vendedores de empanadas por todo o bairro.

Uma das primeiras coisas que eu fiz no bairro foi ir à esquina da rua Chile com a Defensa, onde vivia o Quino, ver uma das estátuas mais simpáticas da cidade: a Mafalda. Apesar de ter sido publicada apenas entre 1964 e 1973, ela ainda é super popular e presente em todas as minhas provas de português de ensino médio.

Tirar fotos com a Mafalda é tão popular que costuma até dar fila. Ultimamente ela ganhou a companhia da Susanita e Manoelito.

Em uma rua de San Telmo, ficava um rio – ou zanjón – onde aconteceu a primeira e mal sucedida tentativa de fundar a cidade de Buenos Aires. Uma mansão foi construída no lugar, que depois virou um convento, e depois um cortiço. Os habitantes da rua conheciam os túneis que levavam ao rio lá embaixo décadas depois que ele tinha sido esquecido pelo governo, e o usavam como depósito ou esconderijo em períodos de autoritarismo.

Em 1985, a casa foi comprada por um amante de história que descobriu camada debaixo de camada de paredes, azulejos, túneis, e mais, no que foi possivelmente o maior achado arqueológico da cidade. Ele chamou o lugar de Zanjón de Granados, e hoje ele pode ser visitado como parte de um tour. Eu achei o passeio imperdivel.

Fiquei pouco tempo em San Telmo, e a maioria dele simplesmente andando nas ruas e vendo os casarões de uma época mais rica transformados em bares de tango, antiquários e galerias, mas é um dos lugares onde eu mais gostaria de voltar.

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