Explorando Sevilha

Uma amiga minha, falando de Sevilha, notou algo em comum: a maioria das pessoas que ela conhecia que tinham ido na Espanha não tinha ido lá, mas quem tinha ido, dizia sempre que tinha sido a cidade preferida na Espanha.

Não sei se Sevilha foi minha cidade preferida. Tem Granada e Córdoba para fazer concorrência. Mas a Andalusia foi minha região preferida.

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Já gostei da cidade quando encontrei essa estátua

Chegando em Sevilha, o primeiro lugar que eu fui visitar foi o Alcazar. Dorne pode ter sido o lugar de que eu menos gostei em Game of Thrones, mas o palácio ainda parecia lindo.

Ele foi construído na Idade Média pelos reis muçulmanos que dominavam essa parte da Espanha. Ele foi originalmente um forte, mas foi reconstruído muitas vezes. Até hoje esse palácio ainda é usado pela família real espanhola, o que o torna o mais antigo palácio real ainda em uso em toda a Europa.

A parte central é o Pátio das donzelas, cercado por uma arquitetura super detalhada. Aliás, esse era um pensamento que eu tinha em cada parte do palácio, que tudo parecia que levou tempo para ficar pronto. Tudo é engravado, detalhado, opulento, todos os quartos tem luz natural.

Os jardins são incríveis, mesmo visitando no inverno. Aliás, se fazia 20 graus no inverno eu não quero nem imaginar como é no verão.

Visitei depois a Catedral, logo em frente. Quando ela foi construída, no século XVI, ela suplantou a Hagia Sophia pelo posto de maior igreja do mundo, que ela mantinha há mil anos. Diz a lenda que o arquiteto tinha falado em construir uma igreja tão grande que as próximas gerações iam achar que eles eram loucos.

A igreja é em estilo gótico e tem um grande museu com obras de pintores como Murilo e Goya. Cristóvão Colombo está enterrado lá dentro.

Ela foi construída no lugar de uma antiga mesquita, e a sua torre, a Giralda, é um antigo minarete. Subir a torre é super fácil, já que ao invés de escadas ela tem rampas, e a vista de Sevilha do alto é linda.

Também visitei em Sevilha o Metropol Parasol, uma construção moderna na antiga praça do mercado que, aliás, abriga um mercado. Quando ele foi construído, descobriram antigas casas romanas no subsolo, que você pode visitar com o mesmo ingresso do Alcazar.

O arquiteto, Mayer, disse se inspirou na Catedral para fazer uma “Catedral sem paredes”, uma praça em que a população de Sevilha podia passar horas protegida do sol quente da Andalusia.

Também fiz questão de visitar os Arquivos da Índia, que tinha exposições interessantes de graça, por um motivo em particular: o Tratado de Tordesilhas está lá.

Outro lugar que visitei foi a Plaza de Espana, com suas fontes e pequenos canais, construída para a Exposição Mundial de 1929.

O estilo é baseado no estilo mouro que faz de Sevilha uma grande atração turística, com azulejos e pavilhões. Você pode alugar barquinhos para passar pelos mini-canais.

Os azulejos mostram as diferentes províncias da Espanha. A praça foi usada em muitos filmes, inclusive Star Wars e Lawrence of Arabia.

Algo importante que eu aprendi em Sevilha: todas as atrações parecem estar cercadas por laranjeiras. Às vezes você vê um turista roubando uma para logo depois cuspir um pedaço fazendo cara ruim: elas são super amargas. Nem tente…
Em Sevilha também passei muito tempo explorando os vestígios do bairro judeu de Sevilha, como eu vou contar no próximo post.

Clique na imagem para ler mais sobre a Espanha.

7 comentários

  1. Isadora

    Não sei se é a mais bonita da Espanha, mas não é a segunda! hahaha
    Adorei essa estátua da menininha leitora. É para ser alguém?

    1. Julia Boechat

      Oi, Isador, tudo bom? É uma homenagem a Clara Campoamor, uma ativista que lutou pelos direitos das mulheres, inclusive pelo voto.

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