Pamukkale: as piscinas naturais brancas e ruínas romanas na Turquia

Não é de se surpreender que Pamukkale seja uma das maiores atrações turísticas da Turquia. Essa pequena vila tem uma formação geológica única no mundo, as piscinas de calcário cheias de água quente, e uma cidade romana no topo.

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Pamukkale em turco significa Castelo de Algodão, por causa dos depósitos brancos de calcário.

Eu tinha lido que você não pode andar nas piscinas com nenhum sapato, nem chinelos, então vim de botas com cadarço, amarrei os cadarços juntos e os pendurei na minha bolsa, o que foi melhor que carregar um par de sapatos o dia todo. Outra boa idéia é trazer um saquinho para os sapatos.

Há alguns anos, as piscinas estavam super deterioradas por causa do turismo em massa e a construção de hotéis em cima delas. Por isso fizeram essa regra, para proteger os depósitos.

Eu entrei na piscina pela entrada de baixo, passando brevemente pelo parque ao lado. As piscinas inferiores não costumam ficar tão cheias de água quanto as de cima, mas tem uma cor mais forte, então é interessante ver todas elas. Eu também acabei saindo pela entrada de baixo, para pegar a golden hour lá também.

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Subindo pelas piscinas, você vai ver muitas pessoas que decidem dar um mergulho, mesmo no inverno, o que é permitido. Cada passo acima é uma questão de sorte, às vezes a água é gelada, às vezes é muito quente. Pamukkale tem 17 fontes de água quente, que chegam a superfície com entre 35 e 100 graus, mas quando você pisa em uma poça que não recebe água nova, congela os pés por alguns segundos.

No verão as pessoas geralmente recomendam que você chegue bem cedo, assim que as piscinas abrem, para poder fazer o caminho sem tours no seu caminho. No inverno, você pode fazer o oposto, e planejar sair a tempo do pôr-do-sol, que foi o que eu fiz.

No topo do castelo, você chega à antiga cidade romana de Hierápolis. Era, é claro, uma cidade de spa, e um lugar popular para aposentados. Eu visitei a ágora e a enorme necrópolis.

Alguns templos ainda existem na cidade, como o de Apolo e o de Plutônio. No templo de Plutônio, você vai ver uma caverna com a entrada coberta por grades. É porque ela emite uma fumaça tóxica que te faz pensar como é que as sacerdotisas tinham visões.

A cidade tem um grande Teatro, recentemente reconstruído. Performances aqui no Festival da Canção de Pamukkale em junho, o que me dá vontade de voltar, apesar das multidões.

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Outra atração aqui são os banhos de Cleópatra, uma piscina onde você pode nadar em meio a ruínas romanas. A água da piscina está sempre em 37 graus, então você pode nadar até no inverno, como eu fiz. Ao contrário do verão, a piscina costuma estar bem vazia. Nesse dia, apesar do inverno ameno de 15 graus, tinha só uma meia-dúzia de pessoas. É duvidoso que Cleópatra tenha realmente nadado aqui, mas a piscina realmente é da época romana.

O preço de admissão é separado, mas inclui um locker onde deixar suas roupas e as cabines de troca tem secador de cabelo.

Também existe um pequeno museu arqueológico, com objetos recuperados de Hierápolis, Laodicéia e outras cidades vizinhas.

Se você está interessado em história romana, pode visitar outras cidades perto de Pamukkale, como Laodicéia e Afrodisias.

Como chegar:

Pamukkale é uma cidade bem pequena, e praticamente o único transporte disponível são os dolmus, mini-vans vindos da cidade de Denizli. De Denizli, você pode pegar ônibus para Selçuk, Istambul ou para a Capadócia, embora os dois últimos sejam bem distantes e mais convenientes por ônibus noturnos. O aeroporto de Denizli fica a uma hora da cidade, mais ou menos. Aviões internos na Turquia tem preços bem competitivos quando comparados aos ônibus, mas é bom saber que esse aeroporto não é tão conveniente.

Se você quiser passar a noite, vários hotéis e hostels tem preços muito amigáveis e geralmente incluem cafés da manhã enormes.

Eu vim de ônibus pela Pamukkale Express, de Selçuk, e peguei um ônibus para Göreme, na Capadócia, pela Metro Turizm.

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6 comentários

  1. Carlos

    Muito lindo! Você deve ter morrido de frio saindo das piscinas, mas deve valer a pena. Quero ir também, mas não sei se aguento o frio.

    1. Julia Boechat

      Oi, Carlos, tudo bom? Às vezes você tenta ir na meia-estação, aí não pega frio nem multidões. Mas se tivesse que escolher, eu preferiria o frio às multidões.

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